Alain de Botton escreve com IA?

Ele diz que qualquer pessoa criativa estará a perguntar-se: "Ok, o jogo acabou, ou tenho algo a contribuir?" A boa notícia é que isso realmente o força a fazer aquilo que deveria sempre ter feito como artista, que é parar de fazer o que se supõe que deve fazer, fazer o que realmente quer fazer, ser realmente honesto e explorar a sua própria experiência com uma nova honestidade. A IA apenas fornece um resumo do que já foi pensado e dito. Sim, pode ser recombinada, mas essencialmente, está a dar-lhe respostas padronizadas. Às vezes, respostas padronizadas muito boas. Às vezes, respostas padronizadas são ótimas e muito à frente do que você saberia por si mesmo. A pressão está sobre os criativos para aumentarem o seu nível de autoexploração para se anteciparem a esta máquina. Eu uso-a às vezes para algumas pesquisas: "Diga-me onde há um café que se pareça com isto?" Ou "Há uma pintura que era blah, blah, blah?" Mas se eu dissesse, digamos que eu ia escrever um ensaio sobre nostalgia, e eu dissesse: "Ok, IA, estrutura-me um ensaio sobre nostalgia no meu estilo." Ela faria um trabalho perfeitamente decente, mas não estaria a captar porque sou um escritor, porque quero ser um escritor. Eu não quero apenas ser um escritor para produzir um certo número de palavras. Quero ser um escritor para honrar certos sentimentos. A IA não pode conhecer esses sentimentos porque não sou eu. Não sabe o que realmente quero dizer.