A mídia disse que Trump era só latidos e nenhuma mordida quando se tratava de defender a liberdade de expressão e a democracia no Brasil, mas agora ele impôs uma proibição de viagem aos juízes do Supremo Tribunal Federal que perseguem seu ex-presidente, Jair Bolsonaro. Isso ocorre horas depois que a polícia invadiu sua casa. Exclusivo

EXCLUSIVO: EUA impõem proibição de viagem a juízes do Supremo Tribunal Federal do Brasil que perseguem o ex-presidente Bolsonaro Nova ação ocorre horas após a polícia brasileira invadir a casa do ex-presidente por @Shellenberger o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (à esquerda); ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (centro); ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (Getty Images) Quando o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou em maio novas restrições de visto para autoridades estrangeiras que censuram americanos online, muitas elites brasileiras zombaram, descartando-as como puramente performáticas. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o poderoso jurista por trás do regime de censura do Brasil e o homem que acabou de proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro de concorrer novamente no próximo ano, teria dito a aliados que Donald Trump não seguiria adiante e que nada viria da ameaça de Rubio. Mas agora o Departamento de Estado de Rubio bloqueou a entrada nos Estados Unidos não apenas de Moraes, mas também de seus aliados na Suprema Corte e seus familiares imediatos. "Moraes foi capaz de governar com tirania sem nenhum sinal de que alguém se oporia a isso", disse um funcionário do governo Trump. "Isso permitirá que essa resistência dentro do Brasil se manifeste cada vez mais." A decisão chega em um momento dramático. Algumas horas atrás, a polícia brasileira invadiu a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro após uma ordem ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para que ele usasse um monitor de tornozelo, parasse de usar as redes sociais e não falasse com autoridades estrangeiras. A CNN relata que as autoridades brasileiras acusaram Bolsonaro e seu filho, um congressista, de trabalhar ilegalmente com o governo Trump para impor sanções. O presidente Lula disse à CNN que sua nação levaria Trump a julgamento se Trump tivesse feito no Brasil o que fez em 6 de janeiro nos EUA. Quando perguntado se o governo Trump estava retaliando Moraes por condenar Bolsonaro, um funcionário chamou a operação policial de "uma intensificação da perseguição para a qual o presidente Trump chamou a atenção" e disse que "a arquitetura da perseguição está ligada à arquitetura da censura porque eles fazem parte do mesmo sistema e o líder do sistema é Moraes". A elite do Brasil é notoriamente cosmopolita e gosta de viajar para Nova York, Miami, São Francisco e outras cidades americanas. "Muitas vezes, as autoridades estrangeiras em questão têm esposas que têm relações sociais e compras de que gostam nos Estados Unidos", disse o funcionário do governo, "e, portanto, as proibições de viagens podem ser eficazes". Um funcionário do governo Trump não revelou os nomes dos outros indivíduos na Suprema Corte que teriam sua entrada negada nos Estados Unidos, mas disse que o subsecretário de Diplomacia Pública, Darren Beattie, a preparou após a "política de vistos 3C" do secretário Rubio anunciada em maio. Moraes, o presidente do Brasil, e seus aliados há muito denunciam as críticas à censura e perseguição a Bolsonaro como interferência estrangeira. "A justiça brasileira deve ser respeitada", disse o presidente Lula no X na semana passada, depois que Trump impôs tarifas de 50% ao Brasil. "Somos um grande país soberano com uma tradição histórica de diplomacia com todas as nações. O Brasil adotará as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas." O funcionário do governo Trump rejeitou as acusações de interferência, observando que a censura do Brasil afetou os americanos. "O governo Trump há muito olha com desaprovação para a censura coordenada por Moraes, que não afetou apenas o povo brasileiro, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, mas também se espalhou para os americanos e afeta os direitos de expressão americanos", disse o funcionário. O Congresso brasileiro ainda pode conceder anistia a Bolsonaro e manifestantes presos por um protesto de 8 de janeiro de 2023 que se assemelhava ao de Washington, D.C., em 6 de janeiro de 2021.

🇺🇸❤️🇧🇷