A inflamação crónica pensava-se que aumentava com a idade. E aumenta. Mas há uma reviravolta. Um novo estudo publicado na Nature Aging comparou 4 grupos geograficamente e geneticamente distantes: + sociedades industrializadas (Itália e Singapura) + comunidades indígenas (Amazónia boliviana e Malásia rural) Os marcadores de inflamação crónica, também conhecidos como "inflammaging", aumentaram com a idade apenas nos 2 grupos industriais. Para os 2 grupos indígenas, a inflamação era impulsionada por infeções ativas e parasitas. Os marcadores de inflammaging não previam doenças relacionadas com a idade (doenças cardiovasculares, renais, metabólicas) nesta comunidade. Os resultados sugerem que a inflamação relacionada com a idade não é universal nem predestinada à nossa biologia. É um resultado de escolhas de estilo de vida inadequadas nas sociedades modernas e, muito provavelmente, evitável.
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