No Japão, um homem curdo de 22 anos, Hasgyul Abbas, foi condenado a oito anos de prisão por estuprar uma menina do ensino fundamental. Sua família explodiu em indignação — não pelo crime, mas pela punição. Oito anos, gritaram, era "demais". Afinal, ele não a matou. Quando a sentença foi proferida, Abbas deu uma cabeçada em um guarda prisional enquanto estava algemado. Seus apoiadores não o condenaram. Em vez disso, zombaram do Japão, chamando-o de "selvagem" por ousar prendê-lo por oito anos por algo que consideravam um crime "pequeno". Essa é a mentalidade: o estupro como algo trivial. A inocência roubada de uma menina tratada como menos que nada. E devemos fingir que isso não é uma linha de falha cultural que atravessa todas as sociedades que permitem que essa podridão se instale.