É possível viver na companhia de objetos e, ao mesmo tempo, saber que eles não têm uma realidade existencial separada real. É possível viver, olhando para o mundo através das lentes do Eu sou e, ao mesmo tempo, saber que ele, e todos os outros Eu sou, existem apenas como fabricações mentais. É possível saber que os outros aparentes existem para você apenas em quem você pensa que eles são. É possível saber que a vida não tem sentido e que a vida não tinha propósito. É possível saber que não é a sua vida ou o seu corpo. É possível saber que não há coisas a serem possuídas. É possível viver em um reino em que não há bem nem mal. É possível saber que nada pode ser conhecido. É possível viver em um mundo sem autoridades e sabendo que todo mundo está improvisando. É possível viver em um profundo desconhecimento, sublimemente contente em não possuir nada e tudo ao mesmo tempo. É possível amar apesar do entendimento de que não existe tal coisa para amar e nenhuma outra para amar. É possível viver sabendo que, como indivíduos, estamos sozinhos. É possível viver sabendo que, como humanos, estamos sozinhos no universo. É possível saber que o único amor que você pode experimentar ocorre dentro de quem você pensa que é. É possível viver sabendo que para você não há nada além do sonho conceitual de separação e estar sublimemente contente ao mesmo tempo. - Michael Markham
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