O cofundador da HIVE Digital, Frank Holmes, afirmou esta semana que várias nações sancionadas estão minerando ativamente Bitcoin (BTC) em segredo, recorrendo à criptomoeda como um fluxo de receita alternativo diante das restrições financeiras dos EUA.
Holmes fez as afirmações durante uma entrevista recente com a Mesa Redonda. Ele vinculou uma recente queda na dificuldade global de mineração a ataques militares direcionados à infraestrutura de energia no Irã, sugerindo que os militares do país estavam usando recursos energéticos para minerar Bitcoin e gerar moeda forte.
Os comentários refletem uma tendência mais ampla em que os governos isolados dos sistemas financeiros tradicionais estão aproveitando a mineração de criptomoedas para preencher lacunas econômicas.
Holmes disse que isso não se limita ao Irã, o que implica que outros países que enfrentam sanções dos EUA também estão participando de operações semelhantes, embora grande parte disso permaneça não divulgado.
Ele afirmou ainda que o Bitcoin se tornou um ativo estratégico, especialmente para nações que lutam para acessar dólares. A mineração fornece uma rota direta para acumular valor fora do ecossistema financeiro tradicional.
Holmes disse que as interrupções nas instalações de mineração agora podem ser observadas em dados no nível da rede, como flutuações na taxa de hash.
HIVE aumentando a produção
Enquanto aponta para adversários dos EUA usando a mineração de criptomoedas como uma tábua de salvação financeira, a HIVE Digital está buscando crescimento em nações alinhadas aos EUA.
A empresa recentemente expandiu sua presença no Paraguai, adquirindo infraestrutura para escalar as operações mais rapidamente. A decisão exigia o desinvestimento de uma parte de suas participações em Bitcoin, mas Holmes a descreveu como uma troca estratégica para acelerar a produção.
A postura regulatória de apoio do Paraguai e os recursos energéticos o tornam um local chave para a expansão do HIVE, particularmente em comparação com países politicamente mais voláteis da região.
A mudança ocorre em meio ao crescente sentimento de que a mineração de Bitcoin continuará a florescer em jurisdições alinhadas com os interesses econômicos dos EUA, particularmente sob a atual administração.
O HIVE já ultrapassou 14 exahashes por segundo (EH/s) em capacidade de mineração, com o objetivo de atingir 25 EH/s até o final de novembro. Na produção atual, a empresa está gerando aproximadamente US$ 315 milhões em receita anualizada, colocando-a entre os principais concorrentes em termos de eficiência e escala.
As observações destacam um cenário em mudança, onde a atividade de mineração não é apenas sobre lucratividade, mas cada vez mais entrelaçada com alianças globais, evasão de sanções e projeção de poder por meio de infraestrutura digital.
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