A UE optou por não lutar numa guerra comercial com os EUA (e a Comissão está a receber algumas críticas como resultado). A China já está a lutar uma guerra de política industrial com a UE -- e a vencer 1/
Mas não precisamos adivinhar sobre o impacto dos sucessos da política industrial da China (e dos fracassos macroeconômicos) nos EUA -- as exportações da UE para a China já estão em um declínio sustentado 3/
O aumento do défice da UE com a China durante a pandemia não se revelou transitório (o FMI ainda precisa fazer um pouco mais para assumir o seu fracasso nas previsões aqui) 4/
e é bastante difícil argumentar que um aumento no déficit comercial é um choque positivo quando o aumento do déficit se deve principalmente a uma queda nas exportações -- e, portanto, a uma queda na produção (há impactos adicionais da concorrência de terceiros mercados) 5/
O setor de exportação da Alemanha, em particular, está a sofrer ... e há um reconhecimento crescente dentro da Alemanha (embora talvez não dentro da VW) de que as políticas industriais e comerciais chinesas são um fator importante que explica a recente estagnação da economia alemã 6/
Não há dúvida de que a China é a atual campeã mundial de exportação de automóveis 7/
E eu acho que há um reconhecimento crescente dentro da Europa de que os interesses europeus estão a ser prejudicados pela atual política cambial da China (seguindo o dólar para baixo, deixando de lado a segunda-feira) 8/
Estruturei este blog de forma provocativa para chamar a atenção -- mas também porque Von der Leyen tem os instintos certos sobre a China. Os EUA devem agora encorajar a UE a levar a sério uma política industrial de contra-ataque que fortaleça a economia transatlântica 9/
O blog resume o meu aconselhamento político para a Europa (e para os EUA, a administração Trump ainda superestima as tarifas sobre aliados como uma ferramenta de política) -- para uma exposição mais detalhada, veja:
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