O poder deve ser obtido através da ocupação consciente de um gargalo, de um recurso escasso, de um papel insubstituível, e não através dos elogios e da aprovação de terceiros. Focar nos recursos escassos do sistema, nos gargalos do sistema, e tornar-se insubstituível é a única forma de garantir que a carreira se mantenha sólida e em ascensão. Concentrar-se em fazer bem uma coisa específica e esperar pelos elogios e aprovações de terceiros é construir a carreira sobre areia movediça. Quando terceiros enfrentam pressão, só estarão dispostos a pagar um prêmio por recursos escassos e insubstituíveis; tudo o mais será forçado a ser abandonado.
Os indicadores de poder não se medem pela intensidade da voz ou pela ostentação; mas sim pela profundidade da percepção sobre os gargalos do sistema e os recursos escassos e insubstituíveis.
A disposição antecipada pelo poder não precisa ser discutida com estranhos, nem buscar sua compreensão e aprovação. Após o sucesso, naturalmente haverá inúmeros teóricos se apresentando, oferecendo várias interpretações sofisticadas.
O controle do poder deve basear-se na confiança no senso comum e na intuição, e não na credulidade em afirmações de terceiros que carecem de evidências concretas verificáveis. Mesmo na ausência de precedentes semelhantes, desde que haja progresso no controle de gargalos do sistema e recursos escassos, o poder será sólido.
O poder sólido geralmente vem do controle multidimensional de vários gargalos invisíveis, sendo difícil para os desafiantes reverterem a situação. Portanto, ele é silencioso, não precisa de gritos ou batidas na mesa para ser obtido, e os observadores externos têm dificuldade em entender seus mecanismos. Gritos e batidas na mesa, na verdade, muitas vezes são uma manifestação da fragilidade do poder.
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