Este novo artigo do NYT é uma das deturpações mais flagrantes da questão da água da IA que já vi. Uma tonelada de fotos e close-ups de torneiras secam e pessoas sofrendo com a seca, com um subtítulo dizendo "Quando a Microsoft abriu um data center no centro do México no ano passado.... As interrupções de água, que antes duravam dias, se estendiam por semanas" Em nenhum lugar do artigo fica claro quanto da água da comunidade o data center está usando. Surpresa, novamente, quando você se aprofunda, descobre que o data center está usando pequenas frações da água da região, comparável a qualquer outro setor da região. O data center parece ter uma licença máxima de 25 milhões de galões por ano (cerca de 1/4 de uma grande fábrica de automóveis). Uma licença máxima é muitas vezes muito maior do que o uso real. Está lá para os piores cenários, porque as licenças são difíceis de mudar depois de obtê-las. A Microsoft afirma que só consome água 5% do ano. A área em que o data center está consome 25 bilhões de galões por ano se multiplicarmos a população pelo número de água por pessoa fornecido pelo governo. Portanto, a quantidade máxima de água da região que o data center tem permissão para extrair é de apenas 0,1% da água lá. Se este artigo dissesse "Depois que uma fábrica foi construída, a demanda de água de uma região aumentou 1/1000. Secas que duravam dias agora duravam semanas" e depois apresentava uma tonelada de fotos de pessoas sofrendo com a falta de água, acho que o leitor médio perguntaria "Espere, o quê? Essa claramente não é a causa do problema da água. Os autores certamente sabem que poderiam apenas analisar como o data center se compara a qualquer outro uso regional da água, mas, como de costume, não o fazem, e deixam o leitor inferir que deve ser o principal culpado. Intencionalmente enganoso. Quando tenho tempo, posso olhar para as outras regiões mencionadas, mas tudo isso é muito fácil, e você, leitor, pode fazer o mesmo! Artigo do NYT: